AS TRAVESTIS E MULHERES TRANS E O MOVIMENTO LGBT: DEVER DE MEMÓRIA E RECONHECIMENTO DA ATUAÇÃO DE TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS NA CONQUISTA POR DIREITOS CIVIS
- Náila Neves de Jesus 1
- Rita Maria Radl-Philipp 23
- 1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).
- 2 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
- 3 Universidade de Santiago de Compostela (USC)
Editorial: Congresso Internacional e Congresso Nacional Movimentos Sociais & Educação
ISSN: 2525-4588
Ano de publicación: 2021
Páxinas: 1-10
Tipo: Achega congreso
Resumo
: Este trabalho tem como objetivo realizar um ensaio crítico a partir da categoria dedever de memória desenvolvida pelo filósofo francês Paul Ricoeur, aplicando este conceito naproblemática que envolve as mulheres trans e travestis e sua atuação na luta histórica pelosdireitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) bem como osilenciamento do protagonismo dessas indivíduas na memória oficial do movimento. O deverde memória é uma categoria inserida no nível ético-político da memória obrigada e se designacomo um trabalho de reconhecimento e reparação a grupos que sofreram opressões advindasde grupos hegemônicos e até mesmo a partir de ações percebidas como violentas do Estadopor meio de políticas públicas e até mesmo reconhecimento de datas e celebrações de mártires.É a justiça responsável por outorgar publicamente aos que outrora foram oprimidos o direitode ter suas memórias reconhecidas perante a memória oficial. Em se tratando do objeto aquiexposto, entende-se que o dever de memória atua como aparato da justiça no reconhecimentodo protagonismo dessas pessoas em todo o ativismo e luta pelas conquistas em direitos aoacesso a cidadania, saúde, emprego, educação, entre outros, alcançadas pela populaçãoLGBTI+ ao longo da história do movimento