Conflitos socioespaciais nas olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro
- FERNANDA PEREIRA LIGUORI
- RUBÉN CAMILO LOIS GONZÁLEZ
- Francisco Cebrián Abellán (coord.)
- Francisco Javier Jover Martí (coord.)
- Rubén Camilo Lois González (coord.)
Editorial: Ediciones de la Universidad de Castilla-La Mancha ; Universidad de Castilla-La Mancha
ISBN: 978-84-9044-317-0
Año de publicación: 2018
Páginas: 361-374
Congreso: Congreso de Geografía de América Latina (9. 2018. Toledo)
Tipo: Aportación congreso
Resumen
Este artigo analisa os processos de remoções e os conflitos socioespaciais gerados pela reestruturação urbana no Rio de Janeiro para a sua conversão em sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Para ilustrar essa contradição, elegeu-se a Vila Autódromo, uma das favelas removidas pela reestruturação urbana carioca, que há anos ocupava parte das terras que deram origem ao Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, eixo de expansão imobiliária do Rio de Janeiro. Trata-se de uma comunidade emblemática pois, além de possuir o direito legal de concessão de permanência delegado pelo poder público estadual, resistiu até o último recurso frente ao anúncio de remoção feito pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2009. Na primeira parte do artigo, será traçado um panorama do empreendedorismo urbano e como foi o processo preparação do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016, bem como os conflitos socioespaciais decorrentes. A segunda parte analisará os interesses da esfera privada, aliados ao poder público, na eleição da região da Barra da Tijuca como uma nova centralidade no Rio de Janeiro. E, por fim, a terceira parte tratará da resistência da Comunidade da Vila Autódromo frente ao processo de remoção e seu processo de remoção.