Produtos literários como estratégias para a construção de uma ideia de identidade brasileira1984, ano de expectativa(s)
Editorial: Coimbra: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Centro de Estudos Sociais, [2004]
Ano de publicación: 2004
Páxinas: 184
Congreso: Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais (8. 2004. Coímbra)
Tipo: Achega congreso
Resumo
Esta comunicação pretende trabalhar o período final da ditadura brasileira em que a acumulação de energia nos campos cultural e literário brasileiros mostra uma série de produtos que revisam a identidade brasileira. De entre esses produtos, destacam os de Nélida Piñon (A República dos Sonhos), João Ubaldo Ribeiro (Viva o povo brasileiro) e Jorge Amado (Tocaia Grande) em 1984, o ano em que previsivelmente teria lugar o fim da ditadura. A questão da identidade é analisada de diferentes perspectivas nessa mudança no espaço social brasileiro. A imprensa deu eco a esses debates sobre 'a diferença nacional', do mesmo modo que estes romances de 1984 apresentados ao mercado e ao conjunto da sociedade como "Livros. Sagas que contam Hisória e estórias do povo brasileiro". Nessa focagem ocupa um lugar destacado o texto de Nélida Piñon porque vincula um elemento novo na construção identitária brasileira: a emigração galega. Veremos como é vista a introdução deste novo material repertorial e como funciona no sistema literário brasileiro e no espaço social brasileiro (e eventualmente também no galego).