Gestão estratégica e liderança como fatores de êxito para as escolas religiosas católicas
- RODRIGUES DE OLIVEIRA SILVA, ERBSON
- Eduardo X. Fuentes Abeledo Director
Universidade de defensa: Universidade de Santiago de Compostela
Fecha de defensa: 03 de febreiro de 2017
- Carlos Rosales López Presidente
- Mercedes Suárez Pazos Secretario/a
- Alfonso Barca Lozano Vogal
Tipo: Tese
Resumo
As instituições de ensino de educação básica, sobretudo as tradicionais, muitas delas ligadas a confissões religiosas, passaram e passam por dificuldades no que se refere ao modelo de gestão e liderança. A velocidade das mudanças estruturais da nova economia faz com que tais instituições tenham de repensar continuamente seus negócios, mercados e produtos. Enormes são as pressões a que se submetem as empresas modernas, impelindo-as à reflexão e à busca de novos caminhos que possam garantir o desenvolvimento e gerar vantagens competitivas capazes de diferenciar sua atuação no mercado. O ritmo da mudança no mundo é tão rápido que a capacidade de mudar se tornou, agora, uma vantagem competitiva e não se pode confiar naquilo que deu certo no passado, pois, a estratégia vitoriosa do ano passado pode ser hoje o caminho mais certo para o fracasso. A superação de paradigmas se torna indispensável em uma época em que a preparação para o futuro não é capaz de acompanhar as mudanças no presente. Em um tempo em que "a única regra estável é a mudança", o horizonte das ações estratégicas precisa ser alongado para que os percalços do presente não tornem obsoletas as ações futuras. Desta forma, entende-se que toda organização precisa estar atenta as mudanças, sejam no sentido comportamental ou organizacional. Todavia, para que isto aconteça de uma forma estruturada e para alcançar o objetivo proposto pela organização é necessário que esta utilize o modelo de gestão estratégica, porque este modelo que leva a empresa a realizar um diagnóstico situacional, destacando oportunidades e ameaças, bem como forças e fraquezas, a fim de cruzar estas realidades e descobrir suas inter-relações. Esse cenário, vivenciado pelo pesquisador na rede confessional católica de ensino, refletido em modelos de gestão marcados por frágeis estruturas organizacionais e insuficiente posicionamento no mercado, gerando acentuado decréscimo de sua clientela, despertou para a necessidade, por meio de uma abordagem científica, de ir em busca de referenciais mínimos do “que” e “como” deveria ser a gestão escolar de sucesso. Ao se discutir a gestão numa perspectiva escolar, imediatamente pensa-se no responsável por conduzir os processos administrativos e pedagógicos da instituição de ensino: o diretor. A ele cabe articular a diversidade para dar-lhe unidade e consistência na construção do ambiente educacional e promover a formação dos alunos. Neste sentido, enquanto direção geral, sua responsabilidade básica centra-se no cuidado pela estratégia. Todavia, a ausência de qualificação do gestor/diretor tem sido o maior desafio para o sucesso das escolas, haja vista a forte influencia dele sobre o processo de gestão estratégica. Esse desafio define-se, de acordo com Pazeto(2000, p. 163), porque o modelo e o processo de qualificação dos atuais gestores estão baseados em parâmetros tradicionais de administração, com predomínio das leis e do comando a partir de decisões centralizadas na instância superior. Tal parâmetro não comporta as novas demandas institucionais e sociais, segundo as quais, a gestão da educação assume um papel de desenvolvimento institucional, social e humano. A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, principalmente nas instituições de ensino e em cada um de seus departamentos. Ela é igualmente essencial em todas as demais funções da gestão: organização, planejamento, direção e avaliação. No entanto, observa-se que não se deve confundir liderança com direção. Um bom gestor deve ser um bom líder e nem sempre um bom líder é um bom gestor. A liderança é a capacidade de influenciar e envolver positivamente os atores da instituição no cumprimento de seus objetivos.