Marcas do tempoensaios sobre pintura de mestres de Antuérpia nos museus do Porto
- Mesquita Leite Santos, Paula María
- Juan Manuel Monterroso Montero Doktorvater
- Matías Díaz Padrón Co-Doktorvater/Doktormutter
Universität der Verteidigung: Universidade de Santiago de Compostela
Fecha de defensa: 19 von Dezember von 2011
- José Manuel García Iglesias Präsident
- Enrique Fernández Castiñeiras Sekretär
- Ramón Yzquierdo Perrín Vocal
- Luís Urbano Alfonso Vocal
- María Victoria Herráez Ortega Vocal
Art: Dissertation
Zusammenfassung
A valorização da Pintura europeia existente no Museu Nacional de Soares dos Reis e depósito da Câmara Municipal do Porto remete-nos para uma época em que o colecionismo da cidade procurava na arte estrangeira o prestígio de um gosto internacional, por contraste com o fraco nível da pintura local. A seleção de obras incide em cerca de 30 títulos de mestres de Antuérpia do século XVII e XVIII, que se documentam junto de grandes nomes do colecionismo privado no Porto, com destaque para a coleção Allen, a doação Osório e o legado Pinto dos Santos Vilares. Num plano institucional, a admiração pela pintura flamenga do século XVII repercutiu-se em certos aspetos ligados à fundação dos dois museus de Arte do Porto na época liberal: o Museu Portuense e o Museu Municipal do Porto. Em termos de representação, a iconografia é característica dos Países Baixos do Sul distribuindo-se pelos temas religiosos e de costumes, a pintura de flores e animais. Sob o ponto de vista da identificação dos autores, dão-se propostas de atribuição ao atelier de Caulery e aos pintores Van der Lamen, David II Teniers, J.-B. Lambrechts e J. Jordaens; relativamente às obras assinadas, são feitas muitas revelações em volta de peças de Simon de Vos, Daniel Seghers, Jan Michel Picart, Jan Fyt e G. F. Ziesel. A partir da criação de um método próprio, que explora as fontes literárias e documentais referentes à história da museologia do Porto, abrem-se novas possibilidades de pesquisa em Pintura europeia com saídas para artistas holandeses, franceses, espanhóis e italianos. A investigação pode servir ainda de estímulo ao restauro das peças no Museu Nacional de Soares dos Reis e, inclusivamente, foi lançada a ideia de um projeto de exposição numa NOVA ALA a que demos o nome de O PORTO E A ARTE EUROPEIA